A meditação transcendental e mindfulness envolvem entrar em um estado de concentração, contemplação e reflexão. Tem sido praticado de várias formas há milhares de anos, com o objetivo de melhorar o “bem-estar”.
O que isso significa? A prática promove calma interior, relaxamento físico e redução da ansiedade e depressão. Envolve o relaxamento muscular progressivo que pode levar à redução da pressão arterial, bem como à variabilidade da freqüência cardíaca. Outros benefícios incluem melhor sensibilidade à insulina, perfil lipídico e níveis hormonais que afetam a saúde do coração. É lógico que esses efeitos possam ter um impacto real sobre as doenças cardíacas – causadas em parte pela pressão alta – que é a principal causa de morte em todo o mundo.
Como funciona?
Descobertas recentes em neurociência indicam que os pensamentos e emoções aos quais nos apegamos – nossa bagagem mental, se quiserem – podem causar mudanças significativas em nossa fiação neural. Uma vez que as práticas meditativas geralmente envolvem a prática de “deixar ir” o pensamento problemático, os elos entre a meditação, a atenção plena e os resultados clínicos parecem ser óbvios.
O que você pode fazer?
Pratique métodos conscientes e meditativos para ajudá-lo a gerenciar sua pressão arterial. À medida que sua capacidade de controlar sua mente aumenta, o bem-estar mental é melhorado, o que pode diminuir a pressão sanguínea com o tempo.
Praticar técnicas de relaxamento auto-selecionadas pode ter um impacto imediato em sua mente e percepção de estresse. Estar consciente dos sinais de estresse ajudará a sua saúde, pois essa consciência o ajudará a determinar quando você precisará aplicar essas técnicas de relaxamento. Compreender os diferentes tipos de gatilhos para sua ansiedade e estresse – e o efeito colateral associado à hipertensão – pode ajudá-lo a mapear seu cérebro para ser mais resistente ao estresse.
A resiliência contra os danos do estresse no momento, através da auto-avaliação contínua e de uma abordagem focada, pode reduzir a ansiedade e o estresse crônico; por sua vez, pode ser útil na prevenção do aparecimento de doenças crônicas relacionadas à hipertensão arterial.
Praticar a mindfulness é dar um passo em direção a uma melhor qualidade de vida. No entanto, nem sempre é fácil, pois precisamos adaptar essa filosofia de raízes ancestrais aos tempos modernos. Para conseguir isso, podemos utilizar vários caminhos e estratégias: precisamos encontrar o que melhor se adapte às nossas necessidades, ao nosso dia a dia.
A mindfulness no trabalho
É claro que, para que esta técnica seja efetiva, sem dúvida, precisamos de um ambiente e de uma política laboral que facilite a sua integração, mas na realidade, não é tão complicado realizar. Estas seriam as diretrizes:
Comece a trabalhar sem pressa (você pode não conseguir na primeira semana, mas pouco a pouco será possível)
Demore 5 minutos para se situar, estruturar o dia, para tomar consciência do que você precisa fazer e de como se sente.
Respire profundamente e tome consciência do aqui e agora, do seu corpo, das suas posturas e das possíveis tensões.
Faça uma pausa de 5 minutos para meditar a cada 40 minutos, para respirar, para se reconectar com você mesmo.
Meditar enquanto caminha
O ideal é que façamos todos os dias meia hora de caminhada leve, meia hora de caminhada num ritmo acelerado e com roupas confortáveis. O objetivo é treinar não só o nosso corpo, mas também a nossa mente nos princípios básicos da mindfulness. Estas seriam as principais diretrizes:
Comece a caminhar em um ritmo normal. Aos poucos, você deve encontrar o ritmo mais relaxante, mais catártico e libertador para você. Há pessoas que preferem um ritmo lento e outras que decidem iniciar com uma marcha mais rápida.
É o momento de concentrar a sua atenção em algum ponto. Visualize sua mente como se fosse uma lanterna que direciona sua luz a um ponto específico e depois a outro: primeiro na sua respiração, depois na sensação dos seus pés quando eles tocam o chão, no vento que acaricia sua pele… Concentre sua atenção nesses pontos de forma cíclica: primeiro um e depois o outro.
Pouco a pouco, você perceberá que não precisa mais concentrar a sua atenção em cada um desses pontos do seu corpo. Depois de alguns dias, o foco da sua lanterna será tão amplo que você perceberá tudo ao mesmo tempo.
A mindfulness em casa
Se você é uma daquelas pessoas que não se sentem confortáveis em uma sala de aula seguindo as diretrizes de um facilitador presencial, ou não tem tempo para participar de um curso presencial, não se esqueça de que sempre teremos à nossa disposição livros e cursos online. Graças a eles, poderemos aprender os conceitos básicos da mindfulness em casa.
Para isso, podemos seguir essas orientações:
Escolha um espaço, um local e momento do dia, que melhor se adapte às suas necessidades para praticar a meditação. Lembre-se de que você deve se comprometer com firmeza e vontade, porque deve ser um trabalho contínuo.
Comece com 10 ou 15 minutos. Aos poucos, à medida que vai se adaptando, você pode meditar por mais tempo.
Escolha a técnica mais adequada às suas necessidades.
Seja paciente e não espere resultados imediatos. A mindfulness requer tempo e compromisso.
Os dias atuais são de muita correria e muitos compromissos, devemos adaptar da melhor forma, atividades que irão nos proporcionar prazer e melhorar nossa saúde.
Inicie a mindfulness e compartilhe conosco sua experiência.